A bacia hidrográfica do rio São Francisco é uma das 12
bacias presentes no território brasileiro e ocupa uma área de cerca de 640.000
Km² e abrange mais de 500 municípios nos estados: Bahia, Minas Gerais,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás e no Distrito Federal, nas regiões
nordeste, sudeste e centro-oeste do País.
A bacia é formada pelo rio São Francisco e seus 168
afluentes, dos quais 69 são temporários e 99 são perenes, sendo que destes
afluentes os principais são os rios Ariranha, Pardo, Grande e das Velhas que
juntos são responsáveis pela maior do volume de água do rio São Francisco. O
clima da região apresenta diferenças notáveis a longo de sua extensão devido a
transição entre a zona tropical semiúmida e a semiárida, mantendo no geral uma
temperatura entre 22°C e 32°C entre uma zona e outra, com baixa amplitude
térmica ao longo das estações.
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sao-francisco/
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O índice pluviométrico geral médio é de 1036 mm por
ano, mas apresenta variações em cada região, indo de cerca de 1500 mm nas áreas
montanhosas e na nascente até cerca de 350 mm nas regiões mais áridas. Devido a
extensão e características climáticas, como era de se esperar, a bacia do São Francisco atravessa 4
diferentes biomas, que são: Mata atlântica, presente na Serra da Canastra
próxima a nascente; cerrado, na zona de transição entre o estado baiano e o
Minas Gerais; caatinga, ao longo do nordeste baiano; mangue e vegetação litorânea, nos estados de Alagoas e
Sergipe, já próximos a foz.
A bacia de São Francisco é de grande importância para
as populações ribeirinhas e as comunidades, como as quilombolas e as indígenas,
é dos seus rios que se mantêm as atividades econômicas (geração de energia,
navegação e irrigação) e de subsistência como a pesca e a agricultura.
Seus rios nascem na Serra da Canastra, em Minas
Gerais, indo no sentido Sul Norte do Brasil, passando pelo sertão nordestino e
desaguando no oceano Atlântico, o Rio São Francisco e seus afluentes percorrem
diferentes paisagens ao longo do seu curso e são o principal abastecedor do
sertão nordestino e Mineiro – regiões de seca.
São as suas margens que garantem ao sertanejo a
prática da agricultura de
subsistência – geralmente a agricultura de vazante que acontece em períodos de
cheia do rio, quando este inunda a terra depositando material orgânico e
argila, deixando-a fértil. Quando ocorre a estiagem é feito o cultivo. E o
ciclo se repete todo ano.
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A navegação pelo Rio São Francisco ocorre devido ao
rio ser do tipo perene, ou seja, que não seca durante épocas sem chuva. Ele é
navegável em 1.371 km, entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA)/Petrolina (PE)
(principalmente pela barca do São Francisco), mas vem sofrendo com a diminuição
de água em alguns trechos, devido ao assoreamento, perda das matas ciliares e
pouca quantidade de chuva. O velho Chico está dividido em 4 tipos de curso:
Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco, e é usado também para escorrimento
de mercadorias.
É por ele também que ocorre a geração de energia, por
ser um rio típico de planalto é muito usado pelas usinas hidrelétricas, e são
elas; a usina de Três Marias, que
está no alto curso do rio e controla a vazão de água que vai para o sertão,
assim em tempos de seca libera se maior quantidade de água e em tempo de maior
quantidade de água se diminuir para evitar o alagamento ao redor; Paulo Afonso (formado por um complexo
de quatro usinas),
Xingó e Itaparica que estão no baixo curso do rio e atendem diversas cidades
nordestinas; e sobradinho que foi feito no alto curso do rio e que causou
impactos ambientais e sociais na época que foi construída.
Após a construção de sobradinho muitos agricultores
passaram a usar as terras circunvizinhas para um projeto de irrigação de
plantações frutíferas, como: a melancia, melão, abacaxi, uva e outras que hoje
são usadas, também, para produção de exportação.
Hoje, a bacia do Rio São Francisco está sendo usada
como projeto de transposição para o abastecimento de regiões do Nordeste que
sofrem com a falta d’água, assim, na tese, ele ajudaria além da população, os
açudes e rios temporários.
O rio oferece à população ribeirinha, belas paisagens
que encantam ao longo dos seus 2.863 km até desaguar no Oceano Atlântico. Entre
essas paisagens podem ser avistadas algumas ilhas em meio ao rio são Francisco,
elas são importantíssimas para o povo local e atraem turistas.
Entre essas ilhas uma das mais famosas é a ilha do
Rodeadouro, localizada a aproximadamente 12 KM do centro da cidade de Juazeiro,
sendo possível registrar um público de três a quatro mil pessoas por dia nos
finais de semana. Para fazer a travessia dessas pessoas os moradores do povoado
do Rodeadouro formaram uma associação, dividindo entre os membros o lucro das
viagens de barco e estimulando a geração de empregos e renda, beneficiando as
famílias de barqueiros que atuam no local.
Outras ilhas formadas pelo rio São Francisco: Ilha do
Maroto, Ilha do Massangano, Ilha da Amélia e Ilha do Fogo(essa ilha é de
responsabilidade do exercito, por isso só é aberta para o publico nos sábados e
domingos).
Graças aos recentes repovoamentos de peixes ocorridos
em trechos na bacia do são Francisco pela Codevasf, empresa pública vinculada
ao Ministério da Integração Nacional (MI), sua fauna tem se expandido e assim
amparando pescadores que antes sofriam com sua falta.
Apesar da pesca, que vem sendo uma atividade bem
comprometida por conta das barragens construídas para a produção de energia, a
agricultura é outro fator importante responsável pelo sustento de grande parte
da população que vive nas margens do São Francisco. Após o período de baixa no
nível de água do rio, é depositado o húmus no solo mantendo os solos fértil
durante a época de cheia do mesmo. Posteriormente, ocorre a estiagem e é feita
a colheita, repetindo o ciclo em seguida.
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Além disso, a navegação através do rio é outro fator
importante, sendo está feita tradicionalmente devido aos portos construídos,
como o de Juazeiro (na Bahia) e o de Petrolina (em Pernambuco), tal trajeto era
comumente feito pela Barca do São Francisco.
Destaca-se também, por outro lado, a produção de
energia por meio das hidrelétricas construídas que funcionam tanto como fonte
produtora de energia quanto como controladora da vazão das águas que vão ao
sertão que são retidas para serem usadas no período de maior seca. Essas usinas
construídas atendem a vários estados nordestinos, como Paulo Afonso, Xingó e
Itaparica, transformando a bacia do São Francisco na segunda em produção
perdendo apenas para a Bacia do Paraná.
Apesar da grande importância das usinas
na produção de energia a partir das águas do São Francisco, deve-se levar em
conta o grande impacto ambiental, social e econômico que essas trazem, como no
caso da represa de Sobradinho construída em 1970.
Referencias:
Mendonça, Cláudio. Uou educação.
Disponível
<em:https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/bacia-do-sao-francisco-
principal-fonte-de-agua-do-nordeste.htm> Acesso: 28/10/2017.
Toda matéria.
Disponível em <https://www.todamateria.com.br/bacia-do-rio-sao-
francisco/> Acesso: 28/10/2017.
Wikipédia. Disponível em
<https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrovia_do_São_Francisco>
Acesso:28/10/2017
https://www.suapesquisa.com/geografia/bacia_rio_sao_francisco.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/regiao-hidrografica-sao-
francisco.htm
Componentes: Edilberto Matheus, Juliane Santos, Lucas Cunha, Gabriela Barbosa, Nikolas Kevin e Jonhatan Jesus.
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